Operação Verde Vivo 2020
Resumo da Operação
A área queimada aferida em campo (AAC) total para o período da OPVV 2020 foi de 27.642,44 hectares, sendo destes 4.635 hectares oriundos de queimas prescritas. A área queimada aferida por satélite (AAS) total para o período da OPVV 2020 foi de 14.878 hectares.
Historicamente, há considerável diferença entre as AAC’s e as AAS’s devido a uma série de fatores, com maior diferenciação percentual nos anos em que se registra maior estiagem (vide Tabela 14 do Relatório). Tal diferença entre a AAC e a AAS se deve à maior precisão das imagens captadas via satélite, assim como devido ao fato de que as AAS contabilizam o total da mancha verificada no mapa, enquanto a AAC tem relação direta com as ocorrências efetivamente atendidas pelo CBMDF.
Portanto, independentemente do nível de estiagem anual, uma melhor correlação entre ambas as medições pode ser atingida mediante a conscientização da população do DF quanto ao acionamento do CBMDF, bem como a preservação de um efetivo mínimo no interior da corporação para o bom cumprimento da missão de combate e prevenção aos incêndios florestais.
Particularmente no ano de 2020, tivemos acesso a imagens de qualidade do Landsat-8 (plataforma ora utilizada pela corporação) somente até o dia 4 de outubro de 2020. A partir dessa data, a nebulosidade impediu a correta aferição da área queimada por satélite. Tal nebulosidade não significou, entretanto, uma diminuição nos incêndios atendidos pelo CBMDF. Como prova disso, a Tabela 11 do mesmo Relatório mostra que a área queimada aferida em campo para o mês de outubro foi de 8.854,40 hectares, muito similar ao aferido no mês de setembro (9.002,37 hectares), o que mostra que as primeiras chuvas não diminuíram os incêndios florestais. Somente a partir do dia 19 de outubro de 2020 observou-se queda significativa na área queimada aferida em campo diariamente. Portanto, a ocorrência de uma AAC maior do que a AAS em 2020 deve-se diretamente à não obtenção de imagens apropriadas do Landsat-8 para o mês de outubro, uma vez que esta é, atualmente, a ferramenta utilizada pela corporação para trabalho e medição da área queimada por satélite. Informamos, adicionalmente, que existe a possibilidade de revisão futura do plano utilizando-se imagens de outras plataformas.
Tanto a AAC quanto a AAS são informações oficiais produzidas pelo CBMDF, não havendo hierarquia de importância entre elas. São ferramentas complementares, que visam à melhor análise possível do cenário anual de incêndios florestais no Distrito Federal.